JESUS CRISTO É A LUZ DO MUNDO
OS SINAIS DO SALVADOR
Os sinais, são como os de trânsito, é para ser entendido e seguido e não para ser admirado ou discutido. Eles servem de segurança e alerta. Fazemos isso freqüentemente com as narrativas de milagres nos evangelhos. Chegamos a pensar que talvez Jesus tenha feito curas como demonstração de poder a seus adeptos ou para atrair a multidão. Na outra ponta, vemos “igrejas” fazer “curas milagrosas” que impressionam, mas nada comprovam. O que interessa não é a placa, mas o que ela indica; não é o milagre ou seu resultado, mas o seu significado dentro da mensagem salvífica de Jesus Cristo.
É o momento da intervenção libertadora de Deus que acende a esperança no coração de todos nós, com o alerta: “não vos inquieteis, alegrai-vos, pois a libertação está a chegar”! Significa o convite do Senhor à conversão e como viver nosso Batismo. É uma atualização da profecia de Isaias, quando fazemos memória de Jesus, Luz do mundo, que iniciou sua pregação, convocando todos a uma revisão de vida: CONVERTEI-VOS! É um desafio para quem deseja seguir os caminhos do Senhor – O enviado do Pai.PRIMEIRA LEITURA (Isaias 35,1-6a.10)
Isaias anuncia a chegada de Deus para dar vida nova ao seu Povo, libertá-lo e conduzi-lo, num cenário de alegria e de festa, para a terra da liberdade. É um verdadeiro hino de alegria destinado a aflorar a esperança e a revitalizar o ânimo de um povo sofredor. “Exulte de alegria que o deserto vai ficar verde”, afirma o profeta. O povo estava no cativeiro. O inimigo era cruel e muitos estavam mutilados, desiludidos e desanimados.
O profeta canta de maneira espetacular a esperança da saída do cativeiro e o retorno para a liberdade. O caminho da volta é o deserto, tal como o caminho da escravidão do Egito, até a Terra Prometida. É um novo êxodo com esperança de vida nova. A esperança é a força para a caminhada, nada de medo, coragem! É Deus que vem para salvar com a certeza da libertação. É um presente de Deus que dá força e coragem. Lá não haverá cego, surdo, mudo ou pessoas deficientes, acabando o cativeiro a que eram submetidos. Será uma libertação total que exige paciência pela vinda do Senhor. 
Para nós é tempo de realizações, de descobertas de que Deus aí está e não nos abandonará. É tempo da intervenção salvadora de Deus que virá naquele que O acolher.SEGUNDA LEITURA (Tiago 5,7-10)
Tiago nos convida a não deixar que o desespero nos envolva, enquanto esperamos e aguardarmos a vinda do Senhor, com paciência e confiança. É uma leitura que se inspira na literatura sapiencial, denunciando os ricos que oprimem os pobres e se enriquecem, à custa dos trabalhadores. Ele se dirige aos pobres e convida-os a esperar com paciência a vinda do Senhor. 
A questão fundamental é o pobre que vive uma vida intolerável de exploração e de injustiça, mas que deve confiar em Deus e esperar a intervenção salvadora e libertadora do Senhor. Alerta o autor para a passividade dos acomodados que cruzam os braços, sem luta.
Esta consciência deve ser de todos nós, lutando contra a injustiça e a opressão aos marginalizados e oprimidos. Tiago insiste: “Ficai firmes até a vinda do Senhor. Esperai-O.
Cabe a nós, Igreja, anunciar o projeto libertador de Deus, fazendo com que esta luz de esperança não se apague. Deve ser através de nosso testemunho que a salvação vem de Deus, silenciando a opressão, a injustiça e tudo que rouba a vida e a dignidade do homem.
EVANGELHO (Mateus 11,2-11)Jesus, Luz do mundo, atento aos acontecimentos, inicia sua missão proclamando que o Reino de Deus está próximo. Conclama a todos à conversão e à unidade no mesmo pensar, falar e agir, sendo concordes uns com os outros, evitando divisões.
O Evangelho nos descreve de forma bem sugestiva, a posição de Jesus, o Messias, anunciando aos pobres que chegou o Reino de justiça e de paz. É este quadro de vida nova e de esperança que Jesus nos vai oferecer.
Mateus, de forma pedagógica e sistemática, anuncia o Reino, manifestado nas palavras e gestos de Jesus a seus discípulos. A narração para este domingo ele inicia do questionamento de João Batista: “Jesus é mesmo o que está por vir”? É que o Batista esperava um Messias avassalador contra os maus e pecadores, dando início ao Juízo de Deus. Jesus, no entanto, manso e compassivo se aproxima dos pecadores, dos marginais e impuros e, estendendo a mão do amor, oferece-lhes a salvação. E aí a pergunta: é o esperado ou virá outro com a lógica justiceira? O evangelista sabe que João é o precursor que veio abrir caminho, desejando questionar os discípulos sobre tal autenticidade e a consciência deles sobre a realidade do Messias prometido.
O texto nos apresenta Jesus que, respondendo a pergunta de João, dá a entender que Ele é o Messias prometido na proposta profética, citando Isaias que define tais perspectivas. Ora, se Jesus realiza tais obras, Ele comprova sua missão profética, com mensagens e gestos, contendo a proposta libertadora que Deus fez aos homens.
Saliente-se, ainda, a declaração de Jesus sobre o Batista: “João é um profeta? Sim, eu vos digo, é mais do que um profeta”. “De todos os homens, nenhum é maior que ele”. É o mensageiro que veio preparar o caminho para o Messias. É a essa essência do anúncio que fez os discípulos crerem nEle. 
O que nos interessa é que Jesus se identifica como a presença salvadora e libertadora de Deus nos meio dos homens, por isso, somos convidados a desejar sua chegada com a certeza de Deus no meio de nós.
Seus sinais devem continuar através de cada um de nós, que somos Igreja, com exemplo de vida autêntica, de amor, doação e solidariedade, mostrando nosso rosto como o Rosto de Cristo, Salvador e Misericordioso. Devemos ser os sinais da Boa Nova libertadora. É a missão salvífica de toda Igreja, o Sinal vivo de Jesus Cristo no mundo:
PROCLAMANDO A REDENÇÃO DO SENHOR
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